quarta-feira, 8 de abril de 2020

Yeshua (Jesus) foi criado antes de todas as coisas?

Yeshua (Jesus) foi criado antes de 
todas as coisas?





A ideia de que Yeshua (Jesus) é um ser sobrenatural, criado antes da fundação do mundo, primeira obra de D-us, faz parte da crença da esmagadora maioria dos cristãos. 

O que eles não sabem é que esta ideia se originou do desvio de sentido do texto original, já nos primeiros séculos da igreja.

Das três afirmações cristológicas: 

1) Yeshua (Jesus) foi criado, ou existia, antes de todas as coisas;
 2) Yeshua (Jesus) estava no céu junto de D-us; e, 
3) Yeshua  (Jesus) é Deus; a primeira parece ser a mais comumente defendida pelos “teólogos”. 

Mas, esta afirmação é falsa, como também as outras.

 Na verdade,Yeshua ( Jesus) não existiu antes de todas as coisas, não esteve nos céus antes de sua ascensão e nunca foi D-us, sempre foi homem. 

Mesmo que algumas passagens bíblicas possam, à primeira vista, levar a tal sentido, isto não se sustenta à medida que se avança por uma leitura mais detalhada e contextual. Jesus tem sua existência marcada a partir do seu nascimento de Maria, em Belém.


Para  defender a ideia de que Jesus já existia antes de todas as coisas, como a primeira obra de D-us, são catalogadas as seguintes passagens: 

João 8:58 — Antes de Abraão; Colossenses 1:1517 — Primogênito de toda a criação; ele é antes de todas as coisas; 

Apocalipse 3:14 – o princípio da criação de D-us;

 João 17:5  — Antes que o mundo existisse;

 Provérbios 8:22 – Antes de suas obras.

Devido a um gatilho pré-estabelecido na mente dos defensores da preexistência, uma falsa conexão de sentido é feita entre estes textos. 


O gatilho é ativado pela palavra “antes” e em certo grau pela palavra “princípio”. 


A ideia de que Yeshua ( Jesus)  é antes ou o primogênito da criação, a primeira das obras e antes de tudo, também está conectada com João 1:1, e, para eles, parece sustentar que Jesus é preexistente. 

Ainda que seja possível, em muitos casos, fazer conexões intertextuais, elas nunca devem contrariar outras passagens bíblicas. 

Esta parte será dedicada a uma análise hermenêutica dessas passagens em seu contexto imediato. 

Isto será mais do que suficiente para reconfigurar o verdadeiro sentido delas. 

Uma análise hermenêutica intertextual, prepararemos oportunamente.

“Princípio”, “primogênito” e “antes”

Estas três palavras: “princípio”, “primogênito” e “antes” quando relacionadas à pessoa de Jesus são interpretadas com um mesmo sentido pelos defensores da preexistência. Estas significam, para eles, que Jesus existia ou foi criado num tempo muito remoto, antes da existência do homem, do mundo e de todas as coisas.  Estaria certo isso? Tentar provar a preexistência baseado na conexão de sentido simples e direta entre estas palavras é um erro que se derivou da falsa interpretação do Logos de João 1:1 como sendo Jesus. Estas passagens não se referem ao contexto da criação, abordam outro assunto com outro sentido.


O “princípio” e o “primogênito” da criação de D-us



O qual é imagem do D-us invisível, o primogênito de toda a criação; (Colossenses 1:15)


 Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: (Apocalipse 3:14) 



Qual o sentido das palavras “primogênito” e “princípio” destas passagens? O sentido equivalente em seu contexto imediato é preeminência, importância, predominância, ascendência, primazia, superioridade, hegemonia, supremacia, império, poderio, soberania, força, domínio, governo entre outros (Veja isto em qualquer dicionário web). 

Yeshua (Jesus) foi colocado nesta posição em relação a todas as demais coisas.  

Os contextos da carta à igreja de Laodicéia e a carta aos Colossenses são esclarecedores e indica o assunto neste sentido. 

Não é possível abordar todo o contexto aqui, mas alguns pontos serão suficientes para orientar nosso entendimento. Comecemos por Colossenses. 



A expressão “princípio de toda a criação” não quer dizer que Yeshua foi criado antes da criação do mundo. Se a leitura do texto for adequadamente feita, o contexto imediatamente anterior de Colossenses 1:15 mostrará que o assunto é a chegada e a compreensão do evangelho do reino pelos irmãos da cidade de Colossos. 



Consequentemente, por todo o contexto, Paulo fala sobre o valor que eles devem dispensar ao evangelho. Paulo exorta para que eles continuem crescendo na sabedoria e entendimento. Diz também que este processo de regeneração pelo qual passavam era porque D-us os tirou “do poder das trevas” e os transportou “para o reino do seu Filho amado;” (Colossenses 1:13). Como visto, o texto fala de reino, de domínio, de império, de soberania. Os colossenses estavam debaixo do domínio das trevas e, agora, passam para o domínio de Messias . O texto apresenta um sistema hierárquico. Mesmo que a palavra hierarquia não aparece no texto, o assunto é o de que um ser superior domina outro inferior. No caso, o messias  é nosso Senhor. É esta ideia que define o sentido da palavra “princípio” do verso 15 do capítulo 1. 

Sem dúvida, Yeshua é o principio da criação de D-us, isto é, o mais importante Ser da criação, pois nEle todas as coisas foram congregadas. Veja que uma afirmação semelhante é feita pelo Apóstolo Paulo referindo-se à igreja em Efésios 2:10-15: 


“De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.”


Assim, também, em Colossenses Yeshua  é mostrado como o mais importante ser, o “cabeça” (Senhor) da Igreja:


“Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”, (Colossenses 1:14-18) [Grifo nosso].

Vejam que a palavra “preeminência” marca o sentido de Cristo ser “primogênito”, “antes” e “princípio”. Ele é tudo isso porque é o mais importante, o que vem antes, vem primeiro, é o maior, mais elevado na escala hierárquica.

Outras passagens em Colossenses colaboram no mesmo sentido. 2:10: “E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade”. 2:15:

“E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo”. Cristo não é cabeça somente da igreja, mas é também das nações.

Ele exerce poder sobre todo o principado e poder. Os reinos do mundo foram criados para Ele.

Diz Salmos 2:8: “Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.

” Quando Deus resolveu criar o homem sobre a face da terra, já havia imaginado que eles seriam para Yeshua ( Jesus).

Por isso, diz o verso 16 de Colossenses 1: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades.”


Importante salientar que o verbo “criar” refere-se às coisas espirituais, como trono, principados, dominações e principados, não a céu e terra literais. A criação literal foi realizada somente por Deus. O texto ainda diz que foi criada nEle, isto é, Cristo é o motivo central e fundamento pelo qual tudo foi criado, mas não o criador.

Tudo foi criado por causa dEle e para Ele, encerra o verso 16.

Como metáfora, podemos dizer que é como um pai que compra um presente para o filho.

Neste contexto, qual o sentido das palavras “antes”, “primogênito” e “princípio”? É o sentido de soberania, senhorio, de domínio, ou seja, Jesus é o mais importante de todos e de tudo. “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,” (Colossenses 1:19). É com esta ideia de que Cristo é maior de todos que a Carta aos Colossenses segue dizendo:

“Portanto, ninguém vos julgue [domine] pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,” (Colossenses 2:16) e

 “Ninguém vos domine a seu bel-prazer,” (Colossenses 2:18).

“Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como:” (Colossenses 2:20).

[Parêntesis e grifos são nossos] A ideia de reino, domínio, soberania, hierarquia etc., está presente em toda a Carta. “Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”, (Colossenses 3:2).

Paulo segue pelos capítulos 3 e 4 recomendando uma obediência submissa de homens, mulheres, servos e patrões.


Não é possível que apenas umas poucas palavras no capítulo 1 fugissem a este sentido e venham significar que Jesus existiu antes da criação do mundo.

Definitivamente, a palavra “primogênito” aplicada a Jesus quer dizer que Ele é o mais importante do Seu reino.

A outra ocorrência importante é Apocalipse 3:14: “...o princípio da criação de Deus”.

Aqui cabe tudo o que foi falado acima. Não é necessário gastar energia com este texto, apenas alguns apontamentos serão suficientes.

O sentido da palavra “princípio” pelo contexto imediato significa proeminência, importância. Jesus é o mais importante da igreja de Laodiceia.

Ele é o seu soberano, é Ele quem já está assentado em um trono: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”, (Apocalipse 3:21).

Entende-se facilmente que assim como a congregação de Colossos, a de Laodiceia encontrava-se com os mesmos problemas na sua relação com o mundo.

Eram cidades muito próximas e, com certeza, pertenciam a um mesmo estilo de vida.

Por isso, Paulo recomenda o revezamento na leitura das suas cartas: “E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede -a vós também”, (Colossenses 4:16).

 É significativo, então, que a igreja de Laodiceia tinha as mesmas dificuldades dos colossenses em entender a soberania de Cristo na vida dEles, e foi tomada como um exemplo de igreja insubmissa a Cristo. 

Fechando o raciocínio, as expressões “primogênito”, “princípio” e “antes” que aparecem nos versos 15 e 17 de Colossenses e 14 do Apocalipse 3 tem sentido de importância, supremacia, soberania, hierarquia etc.

Paulo quer dizer que os colossenses deviam reconhecer a importância e supremacia de Cristo na vida deles em relação às coisas do mundo, pois tudo o que existe no mundo está debaixo de seus pés, conforme afirma aos efésios.

Assim também, Jesus através da carta à igreja de Laodiceia diz o mesmo para nós. A questão toda se concentra na ideia de que o reino de Jesus devia dominar a vida deles.


Não há nenhuma preocupação de Paulo em explicar aos colossenses que Jesus existia na antiguidade e criou o mundo.


“Antes” da criação do mundo,

Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. (João 8:58) O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o princípio dos seus feitos mais antigos. (Provérbios 8:22)

Talvez, a passagem de João 8:58 seja o maior refúgio dos preexistencialistas. Sempre que são confrontados, recorrem a este texto. Para eles a palavra “antes” significa um tempo anterior. Como estão fechados na ideia de que Jesus é preexistente, não recorrem a outros sentidos. Esta forma pragmática de proceder é um grande erro. 

Vamos entender. A palavra grega traduzida por “antes” em João 8:58 é πρρρ = prin. A palavra “antes” em português tem vários sentidos. Veja isso no dicionário de sinônimos: sinonimo.com.br.  Dois nos interessa nesta discussão: de tempo e de importância. De tempo, temos: anteriormente, previamente, precedente, primeiro, antecipadamente, antecedente. De preferência, temos: preferivelmente, preferencialmente, melhor. “Prin” é prefixo nas palavras: principal, princípio, príncipe. Principal é o mais importante. Princípio é o que predomina. Por exemplo, princípios da química, princípios da matemática, princípios da administração. Príncipe é chefe de estado de um principado soberano. Então, qual o sentido deve ser aplicado em João 8:58? A hermenêutica deve ser nossa ferramenta para auxiliar nesta decisão. Logo abaixo, a resposta.


Quanto à passagem de Provérbios 8:22 a palavra “princípio” realmente se refere a anterioridade. Não é preciso gastar tempo para explicar. A expressão “seus feitos mais antigos” define seu sentido. O que devemos esclarecer é que este texto de Provérbios não possui qualquer relação com a pessoa de Jesus. A relação que os preexistencialistas fazem é falsa. A primeira obra de Deus realmente é a sabedoria. Foi através dela que Deus realizou todas as coisas. Inclusive, Jesus, é fruto da sabedoria divina, mas não a própria sabedoria. 

Provérbios 8 é a descrição da característica divina presente na criação de todas as coisas. Tudo o que foi realizado por Deus é procedente de sua sabedoria. A sabedoria é a qualidade necessária para a execução de tudo. Deus aplicou sua sabedoria ao criar o universo e todas as coisas nele existente, os céus, as estrelas, a lua e o sol. O mar com todas suas espécies de vida. A terra com seus montes rios e florestas. Até mesmo o homem nada faz sem o uso da sabedoria. O engenheiro, o arquiteto, o construtor, o médico, o cientista todos precisam da sabedoria. Uma ponte, uma estrada, um edifício são feitos pela sabedoria que há no homem. Um excelente governo, a aquisição de riqueza, a prática da justiça, nada disso é possível sem sabedoria. Pessoas incautas quanto aos estilos textuais, não compreendem que a sabedoria está personificada. A sabedoria, que é abstrata, foi descrita de uma forma poética, figurativa, para que as pessoas pudessem compreendê-la. E nada neste texto liga a sabedoria à pessoa de Jesus, mas somente às obras de Deus. 

A técnica utilizada pelos preexistencialistas para conectar Jesus com a sabedoria de Provérbios 8 foi criar uma conexão de sentido com outros textos bíblicos não relacionados. Tais textos são: João 1:1, “no princípio estava com Deus”; Colossenses 1:15, “primogênito de toda criação”; 

Apocalipse 3:14, “princípio da criação de Deus”. Estes textos não se relacionam entre si. João fala da palavra de Deus, Colossenses e Apocalipse da soberania de Jesus. Qual a relação com a sabedoria? Nenhuma. 


Voltando à questão do “antes” de João 8:58, o contexto indica que a palavra grega “prin” (πρρρ) está mais relacionada com a ideia de superioridade do que anterioridade. Jesus não disse que ele existiu antes de Abraão. A palavra usada por ele é “sou”. Esta indica uma característica dEle, não tempo de existência. Jesus estava respondendo ao questionamento dos judeus que desejavam saber quem Ele era, não quando havia nascido: “Quem te fazes tu ser? (João 8:53). No mesmo verso: “És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? Vejam que os judeus estavam preocupados com a importância de Jesus. É certo que o contexto nos indica que o significado mais coerente da palavra “antes” é no sentido de superior, não anterior.

Esta confusão de sentidos tem princípio no arianismo. O arianismo foi:
“uma visão cristológica sustentada pelos seguidores de Ário, presbítero cristão de Alexandria nos primeiros tempos da Igreja primitiva, que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, que os igualasse, concebendo Cristo como um ser pré-existente e criado, embora a primeira e mais excelsa de todas as criaturas, que encarnara em Jesus de Nazaré. [...]” 


Ário viveu no quarto século e foi protagonista no combate aos pensamentos de Atanásio de Alexandria. Suas ideias eram positivas quanto a não igualdade entre Jesus e Deus. Mas já influenciado pelo desvio de sentido do logos de João 1:1, encarou Jesus como um ser preexistente. O arianismo é uma corrente de pensamento paralela ao trinitarianismo e tanto um como outro tem origem na discussão cristológica. Tanto um como o outro já estavam fora do contexto bíblico. Essa ideia de preexistência de Cristo é a base da doutrina da trindade.  


Concluindo. Estas duas passagens que utilizam a palavra “antes”, João 8:58 e Provérbio 8:22 não tem relação entre si. Como também não há relação com a passagem de João 17:5 que fala da “glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. Evidentemente, o “antes” de João 17:5 se refere a tempo, mas o sujeito da oração e a glória, e não Jesus. Assim também, em Provérbios se fala da sabedoria divina, não do homem Jesus. 

Enfim, a palavra original grega é “prin”, traduzida para “antes”. Mas, entre os diversos sentidos de “prin” está o de superioridade. “Prin” também é prefixo de palavras que indicam superioridade, como exemplo, “principal”. Não há razões para dar crédito a uma ideia que claramente surgiu da mente dos “Pais da Igreja” e não coaduna com a palavra de Deus. Fica claro que não se pode afirmar que Jesus foi criado “antes da fundação do mundo”. 

Shalom







quinta-feira, 4 de abril de 2019

Isaias 53 -Yeshua é o servo sofredor



Yeshua é o servo sofredor



POR QUE ISAÍAS 53 NÃO PODE SE REFERIR À NAÇÃO DE ISRAEL, OU A QUALQUER OUTRA PESSOA QUE NÃO SEJA O MESSIAS?

1. O servo de Isaías 53 é um SOFREDOR INOCENTE E SEM CULPA. Israel nunca é descrito como SEM PECADO. No mesmo Livro de Isaías em que se encontra a profecia do servo sofredor (cap. 53), lemos que em Isaías 1: 4 se diz da nação:

"AI, NAÇÃO PECADORA, POVO CARREGADO DE INIQUIDADE, GERAÇÃO DE MALFEITORES, FILHOS CORRUPTORES!" Ele continua NO MESMO CAPÍTULO A caracterizar JUDÁ como SODOMA, JERUSALÉM COMO UMA PROSTITUTA, E O POVO COMO AQUELES CUJAS MÃOS ESTÃO MANCHADAS DE SANGUE (versículos 10, 15 e 21). QUÃO DISTANTE ESTA DESCRIÇÃO ESTÁ DO "INOCENTE E SEM PECADO SERVO SOFREDOR DE ISAÍAS 53 QUE "NÃO TINHA FEITO NENHUMA VIOLÊNCIA, NEM HAVIA ENGANO EM SUA BOCA!"
2. O profeta disse: "AGRADOU AO ETERNO MOÊ-LO." .... Então O TRATAMENTO TERRÍVEL QUE O POVO JUDEU RECEBEU, FOI REALMENTE UM PRAZER PARA DEUS??, (como se diz do sofrimento do servo em Isaías 53:10) Se, como alguns rabinos afirmam, Isaías 53 refere-se ao holocausto, podemos realmente dizer do sofrimento de Israel durante esse período horrível: "AGRADOU AO ETERNO MACHUCÁ-LOS?" No entanto, FAZ TODO O SENTIDO DIZER QUE DEUS SE AGRADOU DE VER O MESSIAS SOFRER E MORRER, COMO NOSSA OFERTA PELO PECADO, PARA TRAZER PERDÃO E EXPIAÇÃO A TODO POVO DE ISRAEL E À TODA A HUMANIDADE.

3. A pessoa mencionada nesta passagem SOFRE SILENCIOSA E VOLUNTARIAMENTE. Mas todas as pessoas, mesmo O POVO DE ISRAEL SEMPRE SE QUEIXAVA QUANDO SOFRIA! Bravos homens e mulheres judeus lutaram em movimentos de resistência contra Hitler. Lembra da revolta de gueto de Vilna? Lembra-se dos homens judeus que lutaram ao lado dos aliados? Podemos realmente dizer que o sofrimento judaico durante o holocausto e durante os séculos anteriores foi feito EM SILÊNCIO E DE BOM GRADO?


4. A figura descrita em Isaías 53 SOFRE, MORRE e RESSUSCITA NOVAMENTE PARA EXPIAR OS PECADOS DO SEU POVO. A palavra hebraica usada em Isaías 53:10 para "oferta pelo pecado" é "asham", que é um termo técnico que significa "oferta pelo pecado". Veja como é usado no Levítico, capítulos 5 e 6. Isaías 53 descreve UM CORDEIRO SACRIFICIAL IMPECÁVEL E PERFEITO QUE TOMA SOBRE SI OS PECADOS DOS OUTROS PARA QUE POSSAM SER PERDOADOS. Alguém pode realmente afirmar que o terrível sofrimento do povo judeu, por mais imerecido e injusto que seja, EXPIA PELOS PECADOS DO MUNDO? De quem quer que a passagem de Isaías 53 fale, a figura descrita SOFRE E MORRE PARA FORNECER UM PAGAMENTO LEGAL PELO PECADO PARA QUE OUTROS POSSAM SER PERDOADOS EM TODA A HUMANIDADE E NÃO SÓ PELO PRÓPRIO POVO JUDEU. ISSO JAMAIS SERIA VERDADE PARA O POVO JUDEU COMO UM TODO, OU PARA QUALQUER OUTRO SER HUMANO NORMAL..... E ALIÁS, O POVO DE ISRAEL JAMAIS PODERIA SER O SERVO SOFREDOR QUE MORRERIA POR SI MESMO.... E QUEM SERIA PERDOADO, SE TODOS FORAM MORTOS?


5. É O PROFETA QUEM ESTÁ FALANDO NESTA PASSAGEM (E NÃO OS GENTIOS COMO ELES INVENTARAM). POIS ELE DIZ: "QUEM CREU EM NOSSA MENSAGEM". O termo "MENSAGEM" geralmente se refere à MENSAGEM PROFÉTICA, como acontece em Jeremias 49:14. Além disso, quando entendemos o paralelismo hebraico do versículo 1, vemos "QUEM CREU EM NOSSA MENSAGEM" como paralelo a "A QUEM O BRAÇO DO SENHOR FOI REVELADO?". O "BRAÇO DO SENHOR" refere-se ao PODEROSO ATO DE SALVAÇÃO DE DEUS. Assim, A MENSAGEM DO NARRADOR DESSE TEXTO É A MENSAGEM DE UM PROFETA DECLARANDO O QUE DEUS FEZ PARA SALVAR SEU POVO.


6. O PROFETA FALANDO É O PRÓPRIO ISAÍAS, QUE DIZ QUE O SERVO SOFREDOR FOI PUNIDO PELA "TRANSGRESSÃO DO MEU POVO", de acordo com o versículo 8. QUEM É O POVO DE ISAÍAS? É O POVO DE ISRAEL. O SERVO SOFREDOR DE ISAÍAS 53 SOFREU PELO POVO DE ISRAEL. ENTÃO COMO ELE MESMO PODERIA SER O PRÓPRIO POVO DE ISRAEL?


7. A figura de Isaías 53 MORRE E É SEPULTADA de acordo com os versículos 8 e 9. O POVO DE ISRAEL NUNCA MORREU COMO UM TODO (E SE TODO O POVO MORRESSE, QUEM IRIA MORRER PELO POVO, PARA SALVAR O PRÓPRIO POVO QUE ESTÁ MORRENDO? ISSO SERIA UM PARADOXO EM SI MESMO, ALGUÉM SER MORTO, DANDO A SUA VIDA PARA SALVAR A SI MESMO DA PRÓPRIA MORTE... NÃO FARIA O MENOR SENTIDO) . Eles foram expulsos para fora da terra em duas ocasiões e voltaram, MAS ELES NUNCA DEIXARAM DE ESTAR ENTRE OS VIVOS. MAS YESHUA MORREU, FOI SEPULTADO E RESSUSCITOU.


8. Se Isaías 53 NÃO PODE SE REFERIR A ISRAEL, ENTÃO QUE TAL SE REFERIR AO PRÓPRIO ISAÍAS? Mas Isaías disse que ELE ERA UM HOMEM PECADOR DE LÁBIOS IMPUROS (Isaías 6: 5-7). E ISAÍAS NÃO MORREU COMO EXPIAÇÃO PELOS NOSSOS PECADOS. Poderia ter sido JEREMIAS? Jeremias 11:19 ecoa as palavras de Isaías 53. Judá rejeitou e desprezou o profeta por lhes dizer a verdade. Os líderes de Judá procuraram matar Jeremias, e assim o profeta se descreve nestes termos. Mas eles não foram capazes de matar o profeta. CERTAMENTE JEREMIAS NÃO MORREU PARA EXPIAR OS PECADOS DE SEU POVO. E quanto a MOISÉS? O profeta poderia ter falado dele? Mas Moisés também NÃO ERA SEM PECADOS. Moisés PECOU E FOI PROIBIDO DE ENTRAR NA TERRA PROMETIDA (Números 20:12). Moisés realmente tentou SE OFERECER COMO UM SACRIFÍCIO NO LUGAR DA SUA NAÇÃO, MAS DEUS NÃO PERMITIU que ele fizesse isso (Êxodo 32: 30-35). Moisés, Isaías e Jeremias foram todos profetas que nos deram um vislumbre do que O MESSIAS, O PROFETA FINAL, seria semelhante, MAS NENHUM DELES SE ENCAIXA DA DESCRIÇÃO DO SERVO SOFREDOR DE ISAÍAS 53.



Então, o que podemos concluir? ISAÍAS 53 NÃO PODE SE REFERIR AO POVO DE ISRAEL, nem a ISAÍAS, nem a MOISÉS, NEM A QUALQUER OUTRO PROFETA. E se não foi Moisés, certamente não seria QUALQUER OUTRO HOMEM MENOR. Mas O MESSIAS seria MAIOR do que Moisés. Como a escrita rabínica "Yalkut" disse: "Quem és tu, ó grande montanha?" Isto se refere AO REI MESSIAS e por que ele o chama de "a grande montanha"? Porque ELE É MAIOR DO QUE OS PATRIARCAS, como se diz: "Meu servo será EXALTADO, e ELEVADO, e SUBLIME AO EXTREMO" - ele será mais ELEVADO do que Abraão ... EXALTADO ACIMA de Moisés ... MAIS SUBLIME DO QUE OS ANJOS MINISTRADORES ... "(Citado no capítulo 53 de Isaías de acordo com os intérpretes judaicos, Ktav Publishing House, 1969, volume 2, página 9.)


DE QUEM FALA ISAÍAS? ELE FALA DO REI MESSIAS, COMO A VASTA MAIORIA ABSOLUTA DOS RABINOS ANTIGOS CONCLUÍRAM. O segundo versículo de Isaías 53 TORNA ISSO CLARO E CRISTALINE. A figura cresce como "UM RENOVO DE PLANTA JOVEM, E COMO UMA RAIZ DE UMA TERRA SECA."O RENOVO QUE BROTA É SEM SOMBRA DE DÚVIDAS UMA REFERÊNCIA AO MESSIAS, e, de fato, é uma referência MESSIÂNICA COMUM EM ISAÍAS E EM OUTROS LUGARES. A dinastia davídica deveria SER CORTADA no juízo como uma árvore derrubada, mas foi prometido a Israel que UM RENOVO (BROTINHO) BROTARÁ DO TOCO. O MESSIAS DEVERIA SER AQUELE BROTO. Várias palavras hebraicas foram usadas para se referir a esta inegável imagem messiânica. Todos os termos estão relacionados no significado e estão conectados nos textos messiânicos onde foram usados. Isaías 11, que praticamente TODOS OS RABINOS CONCORDAM QUE SE REFERE AO MESSIAS, usou as palavras "RENOVO" (HOTER) e RAMO (NETSER) para descrever o REI MESSIÂNICO. Isaías 11:10 chamou O MESSIAS DE "RAIZ (SHORESH) DE JESSÉ", sendo Jessé o pai de Davi. Isaías 53 descreveu o SERVO SOFREDOR como UMA RAIZ (SHORESH) de terra seca, usando a MESMA METÁFORA E A MESMA PALAVRA que Isaías 11. Também vemos outros termos usados para o mesmo conceito, como o BROTO (TSEMACH) em Jeremias 23 : 5, em Isaías 4: 2 e também nas surpreendentes profecias de Zacarias 3: 8 e 6:12.


Sem dúvida, Isaías 52: 13-53: 12 REFERE-SE AO MESSIAS YESHUA (E NÃO O POVO DE ISRAEL). Ele é AQUELE QUE FOI EXALTADO, DIANTE DE QUEM OS REIS FECHAM A BOCA. O Messias é O RENOVO que surgiu da DINASTIA CAÍDA DE DAVID. Ele se tornou O REI DOS REIS. ELE PROVIDENCIOU A EXPIAÇÃO FINAL E COMPLETA.

Isaías 52:13 afirma que seria O MESSIAS ( E NÃO O POVO DE ISRAEL) QUE "ASPERGIRÁ" MUITAS NAÇÕES. O que isso significa? O que o ministério do Messias deveria ser para com as nações? A palavra traduzida "ASPERGIR" ou às vezes "SURPREENDER" é encontrado vários outros lugares no A.T. A palavra hebraica é encontrada em Levítico 4: 6; 8:11; 14: 7, e Números 8: 7, 19: 18-19. As referências citadas referem-se todas A ASPERSÕES SACERDOTAL DO SANGUE DE EXPIAÇÃO, O ÓLEO DE UNÇÃO DA CONSAGRAÇÃO, e a ÁGUA CERIMONIAL USADA PARA PURIFICAR O IMPURO. Isaías 52:13 diz que O MESSIAS AGIRÁ COMO UM SACERDOTE QUE APLICA A EXPIAÇÃO, QUE UNGE PARA CONSAGRAR, QUE ASPERGE PARA PURIFICAR? (Esta visão do Messias como sacerdote e rei também é encontrada em Zacarias 6: 12-13). Mas os sacerdotes viriam da tribo de Levi e dos reis da tribo de Judá! Que tipo de sacerdote é ele? Davi nos disse que O MESSIAS seria um sacerdote da ordem de Melquisedeque (ver Salmo 110 e Hebreus capítulos 7-9).


Isaías 53 deve ser entendido como referindo-se AO REI DAVÍDICO QUE VIRIA, ISTO É: O MESSIAS (E NÃO AO POVO DE ISRAEL). Foi profetizado que O Rei Messias IRIA SOFRER E MORRER PARA PAGAR PELOS NOSSOS PECADOS E DEPOIS RESSUSCITAR. Ele serviria como sacerdote às nações do mundo e aplicaria o sangue da expiação para purificar os que crêem. SOMENTE HÁ UM A QUEM ESTE TEXTO PODE SE REFERIR, YESHUA, a quem milhões se referem como O CRISTO, que vem da palavra grega para MESSIAS. Aqueles que O CONFESSAM são FILHOS DE DEUS, sua prometida descendência, os despojos de sua vitória. De acordo com o testemunho dos Apóstolos Judeus, Yeshua morreu por nossos pecados, ressuscitou, ascendeu à direita de Deus e agora serve como nosso grande Sumo Sacerdote que nos purifica do pecado. E nosso Rei Yeshua governa O SEU POVO e está em vias de conquistar os gentios. Os discípulos judeus do primeiro século estavam dispostos a morrer em vez de negar que tinham visto o Messias ressuscitado. Só alguém que voluntariamente faça força para NÃO VER, é que irá pressupor que Yeshua não poderia ter sido o Messias. NÃO É POSSÍVEL NEGAR O ÓBVIO: QUE YESHUA, O MAIOR FILHO DE ISRAEL, É AQUELE A QUEM O PROFETA ISAÍAS PREVIU QUE VIRIA.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Yeshua guardava a torah

A História comprova, 

os especialistas clamam:

Yeshua guardava a Torá





YESHUA GUARDAVA A TORÁ


Atestou-se que Yeshua não revogou a Lei, mas cumpriu o típico papel do esperado Messias de Israel: revelar e ensinar a Torá de forma mais profunda aos homens. Consequentemente, os discípulos de Yeshua passaram a difundir a Torá, sendo inadmissível o falso ensino cristão de que “os apóstolos deixaram de cumprir a Lei, que fora anulada”.
De um lado, o autor deste artigo escreve que os netsarim (nazarenos) guardavam a Torá; de outro, o Cristianismo afirma justamente o contrário. Quem está com a razão? Além de toda a argumentação bosquejada à luz das Escrituras Sagradas, demonstrando exaustivamente que a Torá é eterna e dura para sempre, o que fizemos em outros ensaios, apresenta-se agora um argumento adicional e incontestável: os “Pais” da Igreja atestam que é verdade tudo o que temos dito sobre a validade atemporal da Torá.
Com efeito, Epifânio de Salamina (final do século IV D.C), um dos baluartes da Igreja Católica, descreve a crença dos nazarenos:
 “Os nazarenos não diferem essencialmente dos outros [referindo-se aos judeus ortodoxos], pois praticam os mesmos costumes e as mesmas doutrinas prescritas pela Lei judaica [a Torá], com a diferença que eles [os nazarenos] creem no Messias [Yeshua].
Eles [os nazarenos] creem na ressurreição dos mortos e que o universo foi criado por Deus. Eles afirmam que Deus é um, e que Jesus Cristo [Yeshua HaMashiach] é Seu Filho.
Eles [os nazarenos] são bem versados na língua hebraica.Leem a Lei [referindo-se à Lei de Moisés]...
Eles são diferentes dos judeus e diferentes dos cristãos, apenas no seguinte: eles discordam dos judeus porque chegaram à fé no Messias; mas são distintos dos verdadeiros cristãos porquepraticam os ritos judaicos da circuncisão, a guarda do sábado, e outros
(En Contra de las Herejías, Panarion 29, 7)

Mesmo estando vinculado ao Catolicismo Romano, Jerônimo (347 a 420 D.C), o tradutor da Bíblia para o latim (Vulgata Latina), também certificou que os nazarenos guardavam a Torá:
“Os Nazarenos ... aceitam o Messias de tal maneira que eles não deixam de observar a Lei antiga [Torá]
(Jerônimo, Commentary on Isaiah, Is 8:14)

Mediante as provas históricas apresentadas, dúvidas não há de que os originais discípulos de Yeshua criam e cumpriam a Torá de Moisés, que nunca foi revogada pelo Mashiach (Matityahu/Mateus 5:17).
Apesar de o Cristianismo insistir no engodo de que “a Lei foi anulada”, estudiosos sinceros manifestam-se em sentido oposto.
Colacionam-se alguns escólios de especialistas que se debruçaram sobre o tema, despidos dos dogmas impostos pela Igreja Cristã (Católica e Protestante/Evangélica).
David Flusser, judeu ortodoxo e catedrático da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu:
Jesus aderiu ao judaísmo padrão de seu tempo, e deste ponto de vista, é natural que os seus discípulos, e após eles a comunidade judaica cristã,devam ter vivido de acordo com a Lei [Torá].”
(Jesus in the Context of History, página 8).

Somente há uma imprecisão na colocação do eminente historiador: a comunidade judaica dos seguidores de Yeshua não era um grupo cristão, e sim nazareno. Tirante este detalhe, é certo que os netsarim viviam em conformidade com a Torá.
Em outro trabalho, dissertou David Flusser:
“Como judeu, ele [Yeshua] aceitou totalmente a Lei. A comunidade que ele fundou, comparável em alguns aspectos aos essênios, é vista como um movimento de reforma e complementação dentro do judaísmo, e não como uma secessão dele.”
(JESUS, Herder and Herder, York, 1969, p. 216).

Giza o rabino Shmuel Saffrai:
“Yeshua cumpriu a Lei e tradições judaicas do Período do Segundo Templo”
(The Torah Observance of Yeshua, Lecture Jerusalem, 1996).

O Ph.D. David Friedman, após profunda pesquisa sobre o tema, escreveu um livro afirmando que Yeshua e seus discípulos amavam a Torá. Em certos trechos, registrou:
“Nós temos visto a evidência dos quatro Evangelhos de que Yeshua foi um homem judeu que viveu sua vida terrena em absoluta lealdade às sagradas alianças que Deus fez com seu povo, Israel.Yeshua foi um homem judeu observante da Torá. Ao tomar a Escritura em um sentido literal-histórico, esta é a única conclusão a que podemos chegar.”
(They Loved the Torah: What Yeshua's First Followers Really Thought about the Law, página 43).

“Essas duas seções da Escritura (Mateus 5 e 24) nos dão uma imagem consistente do ensino de Yeshua sobre a Torá. Sua mensagem é que a Torá é válida e deve ser respeitada e observada. Na verdade, tal conclusão é alcançada por um número crescente de estudiosos judeus e cristãos.”
(Ob.Cit., página 32).

O rabino Stephen Wise, que foi um dos fundadores e líderes do Judaísmo Reformista, escreveu que Yeshua foi “o Judeu dos Judeus”, destacando o seu zelo pela Torá (apud “Jesus through Jewish eyes: A Rabbi examines the Life and Teachings of Jesus”, Rabbi John Fischer, Ph.D., Th.D.).
É um erro achar que Yeshua criou uma nova religião com base em ensinos totalmente divorciados da cultura judaica. Yeshua foi um produto do Judaísmo de seu tempo, e nunca agasalhou os conceitos helenísticos antijudaicos. Mister invocar a lição de Joseph Klausner:
“Jesus de Nazaré foi um produto apenas da Palestina, um produto do judaísmo não afetado por qualquer mistura estrangeira. Havia muitos gentios na Galileia, mas Jesus de nenhuma forma foi influenciado por eles. Nos seus dias, a Galileia era a fortaleza do maior entusiasmo do patriotismo judaico. Sem qualquer exceção, Ele é totalmente explicável pelo judaísmo bíblico e farisaico do seu tempo.
Jesus era um judeu, e como judeu Ele permaneceu até seu último suspiro. Sua ideia era implantar dentro de sua nação a ideia da vinda do Messias, e que pelo arrependimento e boas obras fosse apressado o ‘fim’.
 Em tudo isso, Jesus é o mais judaico dos judeus, mais judaico do que Hilel.
Do ponto de vista da humanidade em geral, ele é, de fato, ‘uma luz para os gentios’. Seus discípulos levantaram a tocha acesa da Lei [Torá] de Israel entre as nações dos quatro cantos do mundo. Nenhum judeu pode, portanto, ignorar o valor de Jesus e de seu ensino a partir do ponto de vista da história universal.
Este foi um fato que nem Maimônides nem Yehuda ha-Levi (estudiosos judeus medievais) ignoraram.”
(The Jewish and the Christian Messiah).

Pinchas Lapide foi um renomado judeu ortodoxo (1922 a 1997), que não cria que Yeshua fosse o Messias. Não obstante, escreveu um livro afirmando que Yeshua realmente ressuscitou dos mortos, pois a ressurreição é um conceito que faz parte da tradição judaica. Lapide concluiu que, historicamente, Yeshua ressuscitou, e o ETERNO assim o fez para que a fé monoteísta fosse levada às nações. Vale transcrever suas palavras acerca do relacionamento de Yeshua com a Torá:
Jesus foi totalmente verdadeiro para com a Torá, como eu mesmo espero ser. Eu até desconfio que Jesus fosse mais verdadeiro para com a Torá do que eu, um judeu ortodoxo”.
“Eu aceito a ressurreição... não como uma invenção da comunidade de discípulos, mas como um evento histórico .... Eu acredito que o evento de Cristo leva a um caminho de salvação que Deus tem aberto, a fim de trazer o mundo gentio para a comunidade do Israel de Deus.”
(The Resurrection of Jesus: A Jewish Perspective).

De acordo com as Escrituras, pecado significa violação à Torá (I Jo 3:4, em aramaico). Assim sendo, se Yeshua nunca pecou, significa que nunca transgrediu um mandamento da Torá. Este é o motivo pelo qual alguns estudiosos consideram Yeshua como um “judeu ortodoxo”, como subscreve George Foot Moore:
“Talvez, o mais importante era o seu relacionamento com a Lei e as tradições, o que alguns têm descrito [Yeshua] como ‘totalmente ortodoxo’.”
(Judaism in the first centuries of the Christian Era, vol. II, página 9).

O rabino ultra-ortodoxo Simcha Pearlmutter reconheceu que Yeshua é o Mashiach. Em um discurso sobre o tema, criticou o pensamento cristão de aceitar Jesus e rejeitar a Lei (Torá). Segundo o preclaro rabino, quando Yeshua veio ao mundo não existia Cristianismo, razão pela qual os gentios que criam em Yeshua ingressavam na família do judaísmo. Por sua vez, o conceito de Mashiach vem da Torá e Yeshua ensinou a Torá, logo, é totalmente contraditório aceitar Yeshua e rejeitar seu ensino, a Torá:
Não se pode pensar em Mashiach sem se pensar na observância da Torá. Não no judaísmo. Não se pode pensar em Mashiach sem reconhecer que temos uma ligação forjada entre a nação de Israel e Hashem [YHWH], que é tão inquebrável que cada palavra que Hashem [YHWH] falou e ordenou somos obrigados a fazer”
(transcrição de vídeo contendo pregação do rabino Simcha Pearlmutter).

Ora, se a Torá é o que YHWH ordenou, então, obviamente tem de ser cumprida, não fazendo nenhum sentido que Yeshua tenha vindo para anular a Palavra de YHWH.
Por fim, sublinha-se a citação do ínclito historiador Geza Vermes, Professor da Universidade de Oxford:
Alguma vez Jesus se opôs à Lei?
Uma resposta direta a esta pergunta deve ser firmemente negativa... Em nenhum trecho do Evangelho Jesus é visto tomando deliberadamente a iniciativa de negar ou de alterar substancialmente qualquer mandamento da Torá em si.”
(A religião de Jesus, o Judeu, Imago, 1995, página 28).

Destarte, tanto dados históricos quanto modernos pesquisadores ratificam que a Torá foi a base da fé de Yeshua e de seus talmidim (discípulo


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