quinta-feira, 4 de abril de 2019

Isaias 53 -Yeshua é o servo sofredor



Yeshua é o servo sofredor



POR QUE ISAÍAS 53 NÃO PODE SE REFERIR À NAÇÃO DE ISRAEL, OU A QUALQUER OUTRA PESSOA QUE NÃO SEJA O MESSIAS?

1. O servo de Isaías 53 é um SOFREDOR INOCENTE E SEM CULPA. Israel nunca é descrito como SEM PECADO. No mesmo Livro de Isaías em que se encontra a profecia do servo sofredor (cap. 53), lemos que em Isaías 1: 4 se diz da nação:

"AI, NAÇÃO PECADORA, POVO CARREGADO DE INIQUIDADE, GERAÇÃO DE MALFEITORES, FILHOS CORRUPTORES!" Ele continua NO MESMO CAPÍTULO A caracterizar JUDÁ como SODOMA, JERUSALÉM COMO UMA PROSTITUTA, E O POVO COMO AQUELES CUJAS MÃOS ESTÃO MANCHADAS DE SANGUE (versículos 10, 15 e 21). QUÃO DISTANTE ESTA DESCRIÇÃO ESTÁ DO "INOCENTE E SEM PECADO SERVO SOFREDOR DE ISAÍAS 53 QUE "NÃO TINHA FEITO NENHUMA VIOLÊNCIA, NEM HAVIA ENGANO EM SUA BOCA!"
2. O profeta disse: "AGRADOU AO ETERNO MOÊ-LO." .... Então O TRATAMENTO TERRÍVEL QUE O POVO JUDEU RECEBEU, FOI REALMENTE UM PRAZER PARA DEUS??, (como se diz do sofrimento do servo em Isaías 53:10) Se, como alguns rabinos afirmam, Isaías 53 refere-se ao holocausto, podemos realmente dizer do sofrimento de Israel durante esse período horrível: "AGRADOU AO ETERNO MACHUCÁ-LOS?" No entanto, FAZ TODO O SENTIDO DIZER QUE DEUS SE AGRADOU DE VER O MESSIAS SOFRER E MORRER, COMO NOSSA OFERTA PELO PECADO, PARA TRAZER PERDÃO E EXPIAÇÃO A TODO POVO DE ISRAEL E À TODA A HUMANIDADE.

3. A pessoa mencionada nesta passagem SOFRE SILENCIOSA E VOLUNTARIAMENTE. Mas todas as pessoas, mesmo O POVO DE ISRAEL SEMPRE SE QUEIXAVA QUANDO SOFRIA! Bravos homens e mulheres judeus lutaram em movimentos de resistência contra Hitler. Lembra da revolta de gueto de Vilna? Lembra-se dos homens judeus que lutaram ao lado dos aliados? Podemos realmente dizer que o sofrimento judaico durante o holocausto e durante os séculos anteriores foi feito EM SILÊNCIO E DE BOM GRADO?


4. A figura descrita em Isaías 53 SOFRE, MORRE e RESSUSCITA NOVAMENTE PARA EXPIAR OS PECADOS DO SEU POVO. A palavra hebraica usada em Isaías 53:10 para "oferta pelo pecado" é "asham", que é um termo técnico que significa "oferta pelo pecado". Veja como é usado no Levítico, capítulos 5 e 6. Isaías 53 descreve UM CORDEIRO SACRIFICIAL IMPECÁVEL E PERFEITO QUE TOMA SOBRE SI OS PECADOS DOS OUTROS PARA QUE POSSAM SER PERDOADOS. Alguém pode realmente afirmar que o terrível sofrimento do povo judeu, por mais imerecido e injusto que seja, EXPIA PELOS PECADOS DO MUNDO? De quem quer que a passagem de Isaías 53 fale, a figura descrita SOFRE E MORRE PARA FORNECER UM PAGAMENTO LEGAL PELO PECADO PARA QUE OUTROS POSSAM SER PERDOADOS EM TODA A HUMANIDADE E NÃO SÓ PELO PRÓPRIO POVO JUDEU. ISSO JAMAIS SERIA VERDADE PARA O POVO JUDEU COMO UM TODO, OU PARA QUALQUER OUTRO SER HUMANO NORMAL..... E ALIÁS, O POVO DE ISRAEL JAMAIS PODERIA SER O SERVO SOFREDOR QUE MORRERIA POR SI MESMO.... E QUEM SERIA PERDOADO, SE TODOS FORAM MORTOS?


5. É O PROFETA QUEM ESTÁ FALANDO NESTA PASSAGEM (E NÃO OS GENTIOS COMO ELES INVENTARAM). POIS ELE DIZ: "QUEM CREU EM NOSSA MENSAGEM". O termo "MENSAGEM" geralmente se refere à MENSAGEM PROFÉTICA, como acontece em Jeremias 49:14. Além disso, quando entendemos o paralelismo hebraico do versículo 1, vemos "QUEM CREU EM NOSSA MENSAGEM" como paralelo a "A QUEM O BRAÇO DO SENHOR FOI REVELADO?". O "BRAÇO DO SENHOR" refere-se ao PODEROSO ATO DE SALVAÇÃO DE DEUS. Assim, A MENSAGEM DO NARRADOR DESSE TEXTO É A MENSAGEM DE UM PROFETA DECLARANDO O QUE DEUS FEZ PARA SALVAR SEU POVO.


6. O PROFETA FALANDO É O PRÓPRIO ISAÍAS, QUE DIZ QUE O SERVO SOFREDOR FOI PUNIDO PELA "TRANSGRESSÃO DO MEU POVO", de acordo com o versículo 8. QUEM É O POVO DE ISAÍAS? É O POVO DE ISRAEL. O SERVO SOFREDOR DE ISAÍAS 53 SOFREU PELO POVO DE ISRAEL. ENTÃO COMO ELE MESMO PODERIA SER O PRÓPRIO POVO DE ISRAEL?


7. A figura de Isaías 53 MORRE E É SEPULTADA de acordo com os versículos 8 e 9. O POVO DE ISRAEL NUNCA MORREU COMO UM TODO (E SE TODO O POVO MORRESSE, QUEM IRIA MORRER PELO POVO, PARA SALVAR O PRÓPRIO POVO QUE ESTÁ MORRENDO? ISSO SERIA UM PARADOXO EM SI MESMO, ALGUÉM SER MORTO, DANDO A SUA VIDA PARA SALVAR A SI MESMO DA PRÓPRIA MORTE... NÃO FARIA O MENOR SENTIDO) . Eles foram expulsos para fora da terra em duas ocasiões e voltaram, MAS ELES NUNCA DEIXARAM DE ESTAR ENTRE OS VIVOS. MAS YESHUA MORREU, FOI SEPULTADO E RESSUSCITOU.


8. Se Isaías 53 NÃO PODE SE REFERIR A ISRAEL, ENTÃO QUE TAL SE REFERIR AO PRÓPRIO ISAÍAS? Mas Isaías disse que ELE ERA UM HOMEM PECADOR DE LÁBIOS IMPUROS (Isaías 6: 5-7). E ISAÍAS NÃO MORREU COMO EXPIAÇÃO PELOS NOSSOS PECADOS. Poderia ter sido JEREMIAS? Jeremias 11:19 ecoa as palavras de Isaías 53. Judá rejeitou e desprezou o profeta por lhes dizer a verdade. Os líderes de Judá procuraram matar Jeremias, e assim o profeta se descreve nestes termos. Mas eles não foram capazes de matar o profeta. CERTAMENTE JEREMIAS NÃO MORREU PARA EXPIAR OS PECADOS DE SEU POVO. E quanto a MOISÉS? O profeta poderia ter falado dele? Mas Moisés também NÃO ERA SEM PECADOS. Moisés PECOU E FOI PROIBIDO DE ENTRAR NA TERRA PROMETIDA (Números 20:12). Moisés realmente tentou SE OFERECER COMO UM SACRIFÍCIO NO LUGAR DA SUA NAÇÃO, MAS DEUS NÃO PERMITIU que ele fizesse isso (Êxodo 32: 30-35). Moisés, Isaías e Jeremias foram todos profetas que nos deram um vislumbre do que O MESSIAS, O PROFETA FINAL, seria semelhante, MAS NENHUM DELES SE ENCAIXA DA DESCRIÇÃO DO SERVO SOFREDOR DE ISAÍAS 53.



Então, o que podemos concluir? ISAÍAS 53 NÃO PODE SE REFERIR AO POVO DE ISRAEL, nem a ISAÍAS, nem a MOISÉS, NEM A QUALQUER OUTRO PROFETA. E se não foi Moisés, certamente não seria QUALQUER OUTRO HOMEM MENOR. Mas O MESSIAS seria MAIOR do que Moisés. Como a escrita rabínica "Yalkut" disse: "Quem és tu, ó grande montanha?" Isto se refere AO REI MESSIAS e por que ele o chama de "a grande montanha"? Porque ELE É MAIOR DO QUE OS PATRIARCAS, como se diz: "Meu servo será EXALTADO, e ELEVADO, e SUBLIME AO EXTREMO" - ele será mais ELEVADO do que Abraão ... EXALTADO ACIMA de Moisés ... MAIS SUBLIME DO QUE OS ANJOS MINISTRADORES ... "(Citado no capítulo 53 de Isaías de acordo com os intérpretes judaicos, Ktav Publishing House, 1969, volume 2, página 9.)


DE QUEM FALA ISAÍAS? ELE FALA DO REI MESSIAS, COMO A VASTA MAIORIA ABSOLUTA DOS RABINOS ANTIGOS CONCLUÍRAM. O segundo versículo de Isaías 53 TORNA ISSO CLARO E CRISTALINE. A figura cresce como "UM RENOVO DE PLANTA JOVEM, E COMO UMA RAIZ DE UMA TERRA SECA."O RENOVO QUE BROTA É SEM SOMBRA DE DÚVIDAS UMA REFERÊNCIA AO MESSIAS, e, de fato, é uma referência MESSIÂNICA COMUM EM ISAÍAS E EM OUTROS LUGARES. A dinastia davídica deveria SER CORTADA no juízo como uma árvore derrubada, mas foi prometido a Israel que UM RENOVO (BROTINHO) BROTARÁ DO TOCO. O MESSIAS DEVERIA SER AQUELE BROTO. Várias palavras hebraicas foram usadas para se referir a esta inegável imagem messiânica. Todos os termos estão relacionados no significado e estão conectados nos textos messiânicos onde foram usados. Isaías 11, que praticamente TODOS OS RABINOS CONCORDAM QUE SE REFERE AO MESSIAS, usou as palavras "RENOVO" (HOTER) e RAMO (NETSER) para descrever o REI MESSIÂNICO. Isaías 11:10 chamou O MESSIAS DE "RAIZ (SHORESH) DE JESSÉ", sendo Jessé o pai de Davi. Isaías 53 descreveu o SERVO SOFREDOR como UMA RAIZ (SHORESH) de terra seca, usando a MESMA METÁFORA E A MESMA PALAVRA que Isaías 11. Também vemos outros termos usados para o mesmo conceito, como o BROTO (TSEMACH) em Jeremias 23 : 5, em Isaías 4: 2 e também nas surpreendentes profecias de Zacarias 3: 8 e 6:12.


Sem dúvida, Isaías 52: 13-53: 12 REFERE-SE AO MESSIAS YESHUA (E NÃO O POVO DE ISRAEL). Ele é AQUELE QUE FOI EXALTADO, DIANTE DE QUEM OS REIS FECHAM A BOCA. O Messias é O RENOVO que surgiu da DINASTIA CAÍDA DE DAVID. Ele se tornou O REI DOS REIS. ELE PROVIDENCIOU A EXPIAÇÃO FINAL E COMPLETA.

Isaías 52:13 afirma que seria O MESSIAS ( E NÃO O POVO DE ISRAEL) QUE "ASPERGIRÁ" MUITAS NAÇÕES. O que isso significa? O que o ministério do Messias deveria ser para com as nações? A palavra traduzida "ASPERGIR" ou às vezes "SURPREENDER" é encontrado vários outros lugares no A.T. A palavra hebraica é encontrada em Levítico 4: 6; 8:11; 14: 7, e Números 8: 7, 19: 18-19. As referências citadas referem-se todas A ASPERSÕES SACERDOTAL DO SANGUE DE EXPIAÇÃO, O ÓLEO DE UNÇÃO DA CONSAGRAÇÃO, e a ÁGUA CERIMONIAL USADA PARA PURIFICAR O IMPURO. Isaías 52:13 diz que O MESSIAS AGIRÁ COMO UM SACERDOTE QUE APLICA A EXPIAÇÃO, QUE UNGE PARA CONSAGRAR, QUE ASPERGE PARA PURIFICAR? (Esta visão do Messias como sacerdote e rei também é encontrada em Zacarias 6: 12-13). Mas os sacerdotes viriam da tribo de Levi e dos reis da tribo de Judá! Que tipo de sacerdote é ele? Davi nos disse que O MESSIAS seria um sacerdote da ordem de Melquisedeque (ver Salmo 110 e Hebreus capítulos 7-9).


Isaías 53 deve ser entendido como referindo-se AO REI DAVÍDICO QUE VIRIA, ISTO É: O MESSIAS (E NÃO AO POVO DE ISRAEL). Foi profetizado que O Rei Messias IRIA SOFRER E MORRER PARA PAGAR PELOS NOSSOS PECADOS E DEPOIS RESSUSCITAR. Ele serviria como sacerdote às nações do mundo e aplicaria o sangue da expiação para purificar os que crêem. SOMENTE HÁ UM A QUEM ESTE TEXTO PODE SE REFERIR, YESHUA, a quem milhões se referem como O CRISTO, que vem da palavra grega para MESSIAS. Aqueles que O CONFESSAM são FILHOS DE DEUS, sua prometida descendência, os despojos de sua vitória. De acordo com o testemunho dos Apóstolos Judeus, Yeshua morreu por nossos pecados, ressuscitou, ascendeu à direita de Deus e agora serve como nosso grande Sumo Sacerdote que nos purifica do pecado. E nosso Rei Yeshua governa O SEU POVO e está em vias de conquistar os gentios. Os discípulos judeus do primeiro século estavam dispostos a morrer em vez de negar que tinham visto o Messias ressuscitado. Só alguém que voluntariamente faça força para NÃO VER, é que irá pressupor que Yeshua não poderia ter sido o Messias. NÃO É POSSÍVEL NEGAR O ÓBVIO: QUE YESHUA, O MAIOR FILHO DE ISRAEL, É AQUELE A QUEM O PROFETA ISAÍAS PREVIU QUE VIRIA.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Yeshua guardava a torah

A História comprova, 

os especialistas clamam:

Yeshua guardava a Torá





YESHUA GUARDAVA A TORÁ


Atestou-se que Yeshua não revogou a Lei, mas cumpriu o típico papel do esperado Messias de Israel: revelar e ensinar a Torá de forma mais profunda aos homens. Consequentemente, os discípulos de Yeshua passaram a difundir a Torá, sendo inadmissível o falso ensino cristão de que “os apóstolos deixaram de cumprir a Lei, que fora anulada”.
De um lado, o autor deste artigo escreve que os netsarim (nazarenos) guardavam a Torá; de outro, o Cristianismo afirma justamente o contrário. Quem está com a razão? Além de toda a argumentação bosquejada à luz das Escrituras Sagradas, demonstrando exaustivamente que a Torá é eterna e dura para sempre, o que fizemos em outros ensaios, apresenta-se agora um argumento adicional e incontestável: os “Pais” da Igreja atestam que é verdade tudo o que temos dito sobre a validade atemporal da Torá.
Com efeito, Epifânio de Salamina (final do século IV D.C), um dos baluartes da Igreja Católica, descreve a crença dos nazarenos:
 “Os nazarenos não diferem essencialmente dos outros [referindo-se aos judeus ortodoxos], pois praticam os mesmos costumes e as mesmas doutrinas prescritas pela Lei judaica [a Torá], com a diferença que eles [os nazarenos] creem no Messias [Yeshua].
Eles [os nazarenos] creem na ressurreição dos mortos e que o universo foi criado por Deus. Eles afirmam que Deus é um, e que Jesus Cristo [Yeshua HaMashiach] é Seu Filho.
Eles [os nazarenos] são bem versados na língua hebraica.Leem a Lei [referindo-se à Lei de Moisés]...
Eles são diferentes dos judeus e diferentes dos cristãos, apenas no seguinte: eles discordam dos judeus porque chegaram à fé no Messias; mas são distintos dos verdadeiros cristãos porquepraticam os ritos judaicos da circuncisão, a guarda do sábado, e outros
(En Contra de las Herejías, Panarion 29, 7)

Mesmo estando vinculado ao Catolicismo Romano, Jerônimo (347 a 420 D.C), o tradutor da Bíblia para o latim (Vulgata Latina), também certificou que os nazarenos guardavam a Torá:
“Os Nazarenos ... aceitam o Messias de tal maneira que eles não deixam de observar a Lei antiga [Torá]
(Jerônimo, Commentary on Isaiah, Is 8:14)

Mediante as provas históricas apresentadas, dúvidas não há de que os originais discípulos de Yeshua criam e cumpriam a Torá de Moisés, que nunca foi revogada pelo Mashiach (Matityahu/Mateus 5:17).
Apesar de o Cristianismo insistir no engodo de que “a Lei foi anulada”, estudiosos sinceros manifestam-se em sentido oposto.
Colacionam-se alguns escólios de especialistas que se debruçaram sobre o tema, despidos dos dogmas impostos pela Igreja Cristã (Católica e Protestante/Evangélica).
David Flusser, judeu ortodoxo e catedrático da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu:
Jesus aderiu ao judaísmo padrão de seu tempo, e deste ponto de vista, é natural que os seus discípulos, e após eles a comunidade judaica cristã,devam ter vivido de acordo com a Lei [Torá].”
(Jesus in the Context of History, página 8).

Somente há uma imprecisão na colocação do eminente historiador: a comunidade judaica dos seguidores de Yeshua não era um grupo cristão, e sim nazareno. Tirante este detalhe, é certo que os netsarim viviam em conformidade com a Torá.
Em outro trabalho, dissertou David Flusser:
“Como judeu, ele [Yeshua] aceitou totalmente a Lei. A comunidade que ele fundou, comparável em alguns aspectos aos essênios, é vista como um movimento de reforma e complementação dentro do judaísmo, e não como uma secessão dele.”
(JESUS, Herder and Herder, York, 1969, p. 216).

Giza o rabino Shmuel Saffrai:
“Yeshua cumpriu a Lei e tradições judaicas do Período do Segundo Templo”
(The Torah Observance of Yeshua, Lecture Jerusalem, 1996).

O Ph.D. David Friedman, após profunda pesquisa sobre o tema, escreveu um livro afirmando que Yeshua e seus discípulos amavam a Torá. Em certos trechos, registrou:
“Nós temos visto a evidência dos quatro Evangelhos de que Yeshua foi um homem judeu que viveu sua vida terrena em absoluta lealdade às sagradas alianças que Deus fez com seu povo, Israel.Yeshua foi um homem judeu observante da Torá. Ao tomar a Escritura em um sentido literal-histórico, esta é a única conclusão a que podemos chegar.”
(They Loved the Torah: What Yeshua's First Followers Really Thought about the Law, página 43).

“Essas duas seções da Escritura (Mateus 5 e 24) nos dão uma imagem consistente do ensino de Yeshua sobre a Torá. Sua mensagem é que a Torá é válida e deve ser respeitada e observada. Na verdade, tal conclusão é alcançada por um número crescente de estudiosos judeus e cristãos.”
(Ob.Cit., página 32).

O rabino Stephen Wise, que foi um dos fundadores e líderes do Judaísmo Reformista, escreveu que Yeshua foi “o Judeu dos Judeus”, destacando o seu zelo pela Torá (apud “Jesus through Jewish eyes: A Rabbi examines the Life and Teachings of Jesus”, Rabbi John Fischer, Ph.D., Th.D.).
É um erro achar que Yeshua criou uma nova religião com base em ensinos totalmente divorciados da cultura judaica. Yeshua foi um produto do Judaísmo de seu tempo, e nunca agasalhou os conceitos helenísticos antijudaicos. Mister invocar a lição de Joseph Klausner:
“Jesus de Nazaré foi um produto apenas da Palestina, um produto do judaísmo não afetado por qualquer mistura estrangeira. Havia muitos gentios na Galileia, mas Jesus de nenhuma forma foi influenciado por eles. Nos seus dias, a Galileia era a fortaleza do maior entusiasmo do patriotismo judaico. Sem qualquer exceção, Ele é totalmente explicável pelo judaísmo bíblico e farisaico do seu tempo.
Jesus era um judeu, e como judeu Ele permaneceu até seu último suspiro. Sua ideia era implantar dentro de sua nação a ideia da vinda do Messias, e que pelo arrependimento e boas obras fosse apressado o ‘fim’.
 Em tudo isso, Jesus é o mais judaico dos judeus, mais judaico do que Hilel.
Do ponto de vista da humanidade em geral, ele é, de fato, ‘uma luz para os gentios’. Seus discípulos levantaram a tocha acesa da Lei [Torá] de Israel entre as nações dos quatro cantos do mundo. Nenhum judeu pode, portanto, ignorar o valor de Jesus e de seu ensino a partir do ponto de vista da história universal.
Este foi um fato que nem Maimônides nem Yehuda ha-Levi (estudiosos judeus medievais) ignoraram.”
(The Jewish and the Christian Messiah).

Pinchas Lapide foi um renomado judeu ortodoxo (1922 a 1997), que não cria que Yeshua fosse o Messias. Não obstante, escreveu um livro afirmando que Yeshua realmente ressuscitou dos mortos, pois a ressurreição é um conceito que faz parte da tradição judaica. Lapide concluiu que, historicamente, Yeshua ressuscitou, e o ETERNO assim o fez para que a fé monoteísta fosse levada às nações. Vale transcrever suas palavras acerca do relacionamento de Yeshua com a Torá:
Jesus foi totalmente verdadeiro para com a Torá, como eu mesmo espero ser. Eu até desconfio que Jesus fosse mais verdadeiro para com a Torá do que eu, um judeu ortodoxo”.
“Eu aceito a ressurreição... não como uma invenção da comunidade de discípulos, mas como um evento histórico .... Eu acredito que o evento de Cristo leva a um caminho de salvação que Deus tem aberto, a fim de trazer o mundo gentio para a comunidade do Israel de Deus.”
(The Resurrection of Jesus: A Jewish Perspective).

De acordo com as Escrituras, pecado significa violação à Torá (I Jo 3:4, em aramaico). Assim sendo, se Yeshua nunca pecou, significa que nunca transgrediu um mandamento da Torá. Este é o motivo pelo qual alguns estudiosos consideram Yeshua como um “judeu ortodoxo”, como subscreve George Foot Moore:
“Talvez, o mais importante era o seu relacionamento com a Lei e as tradições, o que alguns têm descrito [Yeshua] como ‘totalmente ortodoxo’.”
(Judaism in the first centuries of the Christian Era, vol. II, página 9).

O rabino ultra-ortodoxo Simcha Pearlmutter reconheceu que Yeshua é o Mashiach. Em um discurso sobre o tema, criticou o pensamento cristão de aceitar Jesus e rejeitar a Lei (Torá). Segundo o preclaro rabino, quando Yeshua veio ao mundo não existia Cristianismo, razão pela qual os gentios que criam em Yeshua ingressavam na família do judaísmo. Por sua vez, o conceito de Mashiach vem da Torá e Yeshua ensinou a Torá, logo, é totalmente contraditório aceitar Yeshua e rejeitar seu ensino, a Torá:
Não se pode pensar em Mashiach sem se pensar na observância da Torá. Não no judaísmo. Não se pode pensar em Mashiach sem reconhecer que temos uma ligação forjada entre a nação de Israel e Hashem [YHWH], que é tão inquebrável que cada palavra que Hashem [YHWH] falou e ordenou somos obrigados a fazer”
(transcrição de vídeo contendo pregação do rabino Simcha Pearlmutter).

Ora, se a Torá é o que YHWH ordenou, então, obviamente tem de ser cumprida, não fazendo nenhum sentido que Yeshua tenha vindo para anular a Palavra de YHWH.
Por fim, sublinha-se a citação do ínclito historiador Geza Vermes, Professor da Universidade de Oxford:
Alguma vez Jesus se opôs à Lei?
Uma resposta direta a esta pergunta deve ser firmemente negativa... Em nenhum trecho do Evangelho Jesus é visto tomando deliberadamente a iniciativa de negar ou de alterar substancialmente qualquer mandamento da Torá em si.”
(A religião de Jesus, o Judeu, Imago, 1995, página 28).

Destarte, tanto dados históricos quanto modernos pesquisadores ratificam que a Torá foi a base da fé de Yeshua e de seus talmidim (discípulo


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

imersao em aguas




Banho ( imersao em aguas)
A palavra hebraica ra·hháts é traduzida quer por 

“banhar” quer por “lavar”, e aplica-se ao corpo humano e a outros objetos que são limpos por serem mergulhados em água ou por esta ser derramada sobre eles. (Le 16:24; Gên 24:32
Entretanto, para descrever a lavagem de roupa, quando esta é batida debaixo de água, os escritores bíblicos usaram a palavra hebraica ka·vás, aparentada com a árabe kabasa (amassar; pisar) e a acadiana kabasu (calcar). Por isso, lemos em Levítico 14:8
“E aquele que se purifica tem de lavar [uma forma de [ka·vás] suas vestes e rapar todo o seu cabelo, e banhar-se [wera·hháts] em água, e ele tem de ser limpo.” — Veja também Le 15:5-27; Núm 19:19.
A palavra grega para “banho” é lou·trón. — Tit 3:5.
Exige-se limpeza física daqueles que adoram a  YAH em santidade e pureza. Isto foi demonstrado em conexão com o arranjo do tabernáculo e o posterior serviço no templo.
 Por ocasião da sua investidura, o sumo sacerdote Arão e seus filhos banharam-se antes de trajar as vestes oficiais. (Êx 29:4-9; 40:12-15; Le 8:6, 7
Para lavarem as mãos e os pés, os sacerdotes usavam água da bacia de cobre no pátio do tabernáculo, e, posteriormente, do enorme mar de fundição junto ao templo de Salomão. (Êx 30:18-21;40:30-32; 2Cr 4:2-6
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote banhava-se duas vezes. (Le 16:4, 23, 24) Aqueles que levavam o bode para Azazel, os restos dos sacrifícios animais e a sacrificial vaca vermelha para fora do acampamento tinham de banhar a sua carne e lavar suas vestes antes de entrar novamente no acampamento. — Le 16:26-28; Núm 19:2-10.
Requeria-se, por vários motivos, um banho cerimonial por parte dos israelitas em geral. Aquele que se restabelecesse da lepra, aquele que entrasse em contato com coisas tocadas por alguém que tivesse “um fluxo”, o homem que tivesse uma emissão de sêmen, a mulher após a menstruação ou uma hemorragia, ou todo aquele que tivesse relações sexuais era “impuro” e tinha de banhar-se. (Le 14:8, 9; 15:4-27
Alguém que estivesse numa tenda com um cadáver humano ou o tocasse era “impuro” e tinha de ser purificado com água de purificação. Quem se negasse a acatar este regulamento tinha ‘de ser decepado do meio da congregação, visto que profanou o santuário de YAH ’. (Núm 19:20
Apropriadamente, pois, a lavagem é usada de modo figurativo para indicar uma posição limpa perante YAH . (Sal 26:6; 73:13; Is 1:16; Ez 16:9) Banhar-se com a palavra da verdade de YAH, simbolizada pela água, tem poder purificador. — Ef 5:26.
A Escriturazão  refere-se de passagem a pessoas se banharem: a filha de Faraó, no Nilo (Êx 2:5); 
Rute, antes de se apresentar a Boaz (Ru 3:3); 
Bate-Seba, sem o saber, à vista de Davi (2Sa 11:2, 3); 
Davi, antes de se prostrar na casa de YAH (2Sa 12:20); prostitutas no reservatório em Samaria (1Rs 22:38). 
O leproso Naamã, à ordem de Eliseu: “Banha-te e sê limpo”, fez isso sete vezes no rio Jordão. (2Rs 5:9-14)
 Era costume banhar bebês recém-nascidos e também banhar os corpos de defuntos antes do sepultamento. — Ez 16:4; At 9:37.
No clima quente do Oriente Médio, onde as pessoas andavam em estradas poeirentas com sandálias abertas, era sinal de hospitalidade e bondade providenciar a lavagem dos pés dos hóspedes. Abraão mostrou esta bondade para com anjos (Gên 18:1-4); 
outros exemplos incluem Ló, Labão e Abigail. (Gên 19:1, 2; 24:29-32; 1Sa 25:41; Lu 7:38, 44; 1Ti 5:10
Também Yeshua lavou os pés dos seus discípulos. — Jo 13:5-17; veja LAVAGEM DOS PÉS.
Os fariseus lavavam “as mãos até os cotovelos”, não por motivos de higiene, mas estritamente por tradições rabínicas. — Mr 7:1-5; Mt 15:1, 2.

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