quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Yeshua guardava a torah

A História comprova, 

os especialistas clamam:

Yeshua guardava a Torá





YESHUA GUARDAVA A TORÁ


Atestou-se que Yeshua não revogou a Lei, mas cumpriu o típico papel do esperado Messias de Israel: revelar e ensinar a Torá de forma mais profunda aos homens. Consequentemente, os discípulos de Yeshua passaram a difundir a Torá, sendo inadmissível o falso ensino cristão de que “os apóstolos deixaram de cumprir a Lei, que fora anulada”.
De um lado, o autor deste artigo escreve que os netsarim (nazarenos) guardavam a Torá; de outro, o Cristianismo afirma justamente o contrário. Quem está com a razão? Além de toda a argumentação bosquejada à luz das Escrituras Sagradas, demonstrando exaustivamente que a Torá é eterna e dura para sempre, o que fizemos em outros ensaios, apresenta-se agora um argumento adicional e incontestável: os “Pais” da Igreja atestam que é verdade tudo o que temos dito sobre a validade atemporal da Torá.
Com efeito, Epifânio de Salamina (final do século IV D.C), um dos baluartes da Igreja Católica, descreve a crença dos nazarenos:
 “Os nazarenos não diferem essencialmente dos outros [referindo-se aos judeus ortodoxos], pois praticam os mesmos costumes e as mesmas doutrinas prescritas pela Lei judaica [a Torá], com a diferença que eles [os nazarenos] creem no Messias [Yeshua].
Eles [os nazarenos] creem na ressurreição dos mortos e que o universo foi criado por Deus. Eles afirmam que Deus é um, e que Jesus Cristo [Yeshua HaMashiach] é Seu Filho.
Eles [os nazarenos] são bem versados na língua hebraica.Leem a Lei [referindo-se à Lei de Moisés]...
Eles são diferentes dos judeus e diferentes dos cristãos, apenas no seguinte: eles discordam dos judeus porque chegaram à fé no Messias; mas são distintos dos verdadeiros cristãos porquepraticam os ritos judaicos da circuncisão, a guarda do sábado, e outros
(En Contra de las Herejías, Panarion 29, 7)

Mesmo estando vinculado ao Catolicismo Romano, Jerônimo (347 a 420 D.C), o tradutor da Bíblia para o latim (Vulgata Latina), também certificou que os nazarenos guardavam a Torá:
“Os Nazarenos ... aceitam o Messias de tal maneira que eles não deixam de observar a Lei antiga [Torá]
(Jerônimo, Commentary on Isaiah, Is 8:14)

Mediante as provas históricas apresentadas, dúvidas não há de que os originais discípulos de Yeshua criam e cumpriam a Torá de Moisés, que nunca foi revogada pelo Mashiach (Matityahu/Mateus 5:17).
Apesar de o Cristianismo insistir no engodo de que “a Lei foi anulada”, estudiosos sinceros manifestam-se em sentido oposto.
Colacionam-se alguns escólios de especialistas que se debruçaram sobre o tema, despidos dos dogmas impostos pela Igreja Cristã (Católica e Protestante/Evangélica).
David Flusser, judeu ortodoxo e catedrático da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu:
Jesus aderiu ao judaísmo padrão de seu tempo, e deste ponto de vista, é natural que os seus discípulos, e após eles a comunidade judaica cristã,devam ter vivido de acordo com a Lei [Torá].”
(Jesus in the Context of History, página 8).

Somente há uma imprecisão na colocação do eminente historiador: a comunidade judaica dos seguidores de Yeshua não era um grupo cristão, e sim nazareno. Tirante este detalhe, é certo que os netsarim viviam em conformidade com a Torá.
Em outro trabalho, dissertou David Flusser:
“Como judeu, ele [Yeshua] aceitou totalmente a Lei. A comunidade que ele fundou, comparável em alguns aspectos aos essênios, é vista como um movimento de reforma e complementação dentro do judaísmo, e não como uma secessão dele.”
(JESUS, Herder and Herder, York, 1969, p. 216).

Giza o rabino Shmuel Saffrai:
“Yeshua cumpriu a Lei e tradições judaicas do Período do Segundo Templo”
(The Torah Observance of Yeshua, Lecture Jerusalem, 1996).

O Ph.D. David Friedman, após profunda pesquisa sobre o tema, escreveu um livro afirmando que Yeshua e seus discípulos amavam a Torá. Em certos trechos, registrou:
“Nós temos visto a evidência dos quatro Evangelhos de que Yeshua foi um homem judeu que viveu sua vida terrena em absoluta lealdade às sagradas alianças que Deus fez com seu povo, Israel.Yeshua foi um homem judeu observante da Torá. Ao tomar a Escritura em um sentido literal-histórico, esta é a única conclusão a que podemos chegar.”
(They Loved the Torah: What Yeshua's First Followers Really Thought about the Law, página 43).

“Essas duas seções da Escritura (Mateus 5 e 24) nos dão uma imagem consistente do ensino de Yeshua sobre a Torá. Sua mensagem é que a Torá é válida e deve ser respeitada e observada. Na verdade, tal conclusão é alcançada por um número crescente de estudiosos judeus e cristãos.”
(Ob.Cit., página 32).

O rabino Stephen Wise, que foi um dos fundadores e líderes do Judaísmo Reformista, escreveu que Yeshua foi “o Judeu dos Judeus”, destacando o seu zelo pela Torá (apud “Jesus through Jewish eyes: A Rabbi examines the Life and Teachings of Jesus”, Rabbi John Fischer, Ph.D., Th.D.).
É um erro achar que Yeshua criou uma nova religião com base em ensinos totalmente divorciados da cultura judaica. Yeshua foi um produto do Judaísmo de seu tempo, e nunca agasalhou os conceitos helenísticos antijudaicos. Mister invocar a lição de Joseph Klausner:
“Jesus de Nazaré foi um produto apenas da Palestina, um produto do judaísmo não afetado por qualquer mistura estrangeira. Havia muitos gentios na Galileia, mas Jesus de nenhuma forma foi influenciado por eles. Nos seus dias, a Galileia era a fortaleza do maior entusiasmo do patriotismo judaico. Sem qualquer exceção, Ele é totalmente explicável pelo judaísmo bíblico e farisaico do seu tempo.
Jesus era um judeu, e como judeu Ele permaneceu até seu último suspiro. Sua ideia era implantar dentro de sua nação a ideia da vinda do Messias, e que pelo arrependimento e boas obras fosse apressado o ‘fim’.
 Em tudo isso, Jesus é o mais judaico dos judeus, mais judaico do que Hilel.
Do ponto de vista da humanidade em geral, ele é, de fato, ‘uma luz para os gentios’. Seus discípulos levantaram a tocha acesa da Lei [Torá] de Israel entre as nações dos quatro cantos do mundo. Nenhum judeu pode, portanto, ignorar o valor de Jesus e de seu ensino a partir do ponto de vista da história universal.
Este foi um fato que nem Maimônides nem Yehuda ha-Levi (estudiosos judeus medievais) ignoraram.”
(The Jewish and the Christian Messiah).

Pinchas Lapide foi um renomado judeu ortodoxo (1922 a 1997), que não cria que Yeshua fosse o Messias. Não obstante, escreveu um livro afirmando que Yeshua realmente ressuscitou dos mortos, pois a ressurreição é um conceito que faz parte da tradição judaica. Lapide concluiu que, historicamente, Yeshua ressuscitou, e o ETERNO assim o fez para que a fé monoteísta fosse levada às nações. Vale transcrever suas palavras acerca do relacionamento de Yeshua com a Torá:
Jesus foi totalmente verdadeiro para com a Torá, como eu mesmo espero ser. Eu até desconfio que Jesus fosse mais verdadeiro para com a Torá do que eu, um judeu ortodoxo”.
“Eu aceito a ressurreição... não como uma invenção da comunidade de discípulos, mas como um evento histórico .... Eu acredito que o evento de Cristo leva a um caminho de salvação que Deus tem aberto, a fim de trazer o mundo gentio para a comunidade do Israel de Deus.”
(The Resurrection of Jesus: A Jewish Perspective).

De acordo com as Escrituras, pecado significa violação à Torá (I Jo 3:4, em aramaico). Assim sendo, se Yeshua nunca pecou, significa que nunca transgrediu um mandamento da Torá. Este é o motivo pelo qual alguns estudiosos consideram Yeshua como um “judeu ortodoxo”, como subscreve George Foot Moore:
“Talvez, o mais importante era o seu relacionamento com a Lei e as tradições, o que alguns têm descrito [Yeshua] como ‘totalmente ortodoxo’.”
(Judaism in the first centuries of the Christian Era, vol. II, página 9).

O rabino ultra-ortodoxo Simcha Pearlmutter reconheceu que Yeshua é o Mashiach. Em um discurso sobre o tema, criticou o pensamento cristão de aceitar Jesus e rejeitar a Lei (Torá). Segundo o preclaro rabino, quando Yeshua veio ao mundo não existia Cristianismo, razão pela qual os gentios que criam em Yeshua ingressavam na família do judaísmo. Por sua vez, o conceito de Mashiach vem da Torá e Yeshua ensinou a Torá, logo, é totalmente contraditório aceitar Yeshua e rejeitar seu ensino, a Torá:
Não se pode pensar em Mashiach sem se pensar na observância da Torá. Não no judaísmo. Não se pode pensar em Mashiach sem reconhecer que temos uma ligação forjada entre a nação de Israel e Hashem [YHWH], que é tão inquebrável que cada palavra que Hashem [YHWH] falou e ordenou somos obrigados a fazer”
(transcrição de vídeo contendo pregação do rabino Simcha Pearlmutter).

Ora, se a Torá é o que YHWH ordenou, então, obviamente tem de ser cumprida, não fazendo nenhum sentido que Yeshua tenha vindo para anular a Palavra de YHWH.
Por fim, sublinha-se a citação do ínclito historiador Geza Vermes, Professor da Universidade de Oxford:
Alguma vez Jesus se opôs à Lei?
Uma resposta direta a esta pergunta deve ser firmemente negativa... Em nenhum trecho do Evangelho Jesus é visto tomando deliberadamente a iniciativa de negar ou de alterar substancialmente qualquer mandamento da Torá em si.”
(A religião de Jesus, o Judeu, Imago, 1995, página 28).

Destarte, tanto dados históricos quanto modernos pesquisadores ratificam que a Torá foi a base da fé de Yeshua e de seus talmidim (discípulo


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

imersao em aguas




Banho ( imersao em aguas)
A palavra hebraica ra·hháts é traduzida quer por 

“banhar” quer por “lavar”, e aplica-se ao corpo humano e a outros objetos que são limpos por serem mergulhados em água ou por esta ser derramada sobre eles. (Le 16:24; Gên 24:32
Entretanto, para descrever a lavagem de roupa, quando esta é batida debaixo de água, os escritores bíblicos usaram a palavra hebraica ka·vás, aparentada com a árabe kabasa (amassar; pisar) e a acadiana kabasu (calcar). Por isso, lemos em Levítico 14:8
“E aquele que se purifica tem de lavar [uma forma de [ka·vás] suas vestes e rapar todo o seu cabelo, e banhar-se [wera·hháts] em água, e ele tem de ser limpo.” — Veja também Le 15:5-27; Núm 19:19.
A palavra grega para “banho” é lou·trón. — Tit 3:5.
Exige-se limpeza física daqueles que adoram a  YAH em santidade e pureza. Isto foi demonstrado em conexão com o arranjo do tabernáculo e o posterior serviço no templo.
 Por ocasião da sua investidura, o sumo sacerdote Arão e seus filhos banharam-se antes de trajar as vestes oficiais. (Êx 29:4-9; 40:12-15; Le 8:6, 7
Para lavarem as mãos e os pés, os sacerdotes usavam água da bacia de cobre no pátio do tabernáculo, e, posteriormente, do enorme mar de fundição junto ao templo de Salomão. (Êx 30:18-21;40:30-32; 2Cr 4:2-6
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote banhava-se duas vezes. (Le 16:4, 23, 24) Aqueles que levavam o bode para Azazel, os restos dos sacrifícios animais e a sacrificial vaca vermelha para fora do acampamento tinham de banhar a sua carne e lavar suas vestes antes de entrar novamente no acampamento. — Le 16:26-28; Núm 19:2-10.
Requeria-se, por vários motivos, um banho cerimonial por parte dos israelitas em geral. Aquele que se restabelecesse da lepra, aquele que entrasse em contato com coisas tocadas por alguém que tivesse “um fluxo”, o homem que tivesse uma emissão de sêmen, a mulher após a menstruação ou uma hemorragia, ou todo aquele que tivesse relações sexuais era “impuro” e tinha de banhar-se. (Le 14:8, 9; 15:4-27
Alguém que estivesse numa tenda com um cadáver humano ou o tocasse era “impuro” e tinha de ser purificado com água de purificação. Quem se negasse a acatar este regulamento tinha ‘de ser decepado do meio da congregação, visto que profanou o santuário de YAH ’. (Núm 19:20
Apropriadamente, pois, a lavagem é usada de modo figurativo para indicar uma posição limpa perante YAH . (Sal 26:6; 73:13; Is 1:16; Ez 16:9) Banhar-se com a palavra da verdade de YAH, simbolizada pela água, tem poder purificador. — Ef 5:26.
A Escriturazão  refere-se de passagem a pessoas se banharem: a filha de Faraó, no Nilo (Êx 2:5); 
Rute, antes de se apresentar a Boaz (Ru 3:3); 
Bate-Seba, sem o saber, à vista de Davi (2Sa 11:2, 3); 
Davi, antes de se prostrar na casa de YAH (2Sa 12:20); prostitutas no reservatório em Samaria (1Rs 22:38). 
O leproso Naamã, à ordem de Eliseu: “Banha-te e sê limpo”, fez isso sete vezes no rio Jordão. (2Rs 5:9-14)
 Era costume banhar bebês recém-nascidos e também banhar os corpos de defuntos antes do sepultamento. — Ez 16:4; At 9:37.
No clima quente do Oriente Médio, onde as pessoas andavam em estradas poeirentas com sandálias abertas, era sinal de hospitalidade e bondade providenciar a lavagem dos pés dos hóspedes. Abraão mostrou esta bondade para com anjos (Gên 18:1-4); 
outros exemplos incluem Ló, Labão e Abigail. (Gên 19:1, 2; 24:29-32; 1Sa 25:41; Lu 7:38, 44; 1Ti 5:10
Também Yeshua lavou os pés dos seus discípulos. — Jo 13:5-17; veja LAVAGEM DOS PÉS.
Os fariseus lavavam “as mãos até os cotovelos”, não por motivos de higiene, mas estritamente por tradições rabínicas. — Mr 7:1-5; Mt 15:1, 2.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Bney Noach O FALSO ENSINO







Bney noach   - O Falso Ensino


No início da comunidade do “Caminho”, muitos gentios passaram a se unir aos nazarenos israelitas. Dentre os gentios, existiam tanto prosélitos, que já seguiam o judaísmo, quanto pessoas provenientes de religiões pagãs.  Estas desconheciam totalmente as Escrituras e necessitavam aprendê-las com os sh’lichim (emissários/“apóstolos”). Para que fossem aceitos no grupo, decidiram os sh’lichim estabelecer um padrão mínimo de normas a serem seguidas,que os capacitariam a receberem a torah na sua inteireza... falando Ya’akov (Tiago):
“Por isso julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentiosque se convertem a Elohim.
Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.”
(Ma’assei Sh’lichim/Atos 15:19-20).

Ou seja, os gentios convertidos a Elohim deveriam obedecer aos seguintes mandamentos da Torá:
a) abandonar a idolatria (Ex 20:1-3);
b) abster-se de toda e qualquer promiscuidade sexual (Lv 18:6-23 e Dt 22:20-29);
c) não comer carne sufocada (Lv 17:13);
d) não comer sangue (Lv 3:17 e 17:12-14).
Será que os gentios somente precisam guardar estes quatro mandamentos? Será que o gentio pode matar, furtar ou mentir, já que tais pecados não estão na lista acima? A resposta é negativa. A enumeração de At 15:20 é meramente exemplificativa, e não exaustiva, ou seja, não exclui outros mandamentos. Tendo em vista que os gentios estariam com os nazarenos nas sinagogas em todos os shabatot (sábados), aprenderiam novos mandamentos da Torá e, progressivamente, iriam adotá-los em suas vidas. Isto se extrai do versículo imediatamente posterior:
“Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.
Porque Moshé [Moisés], desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada shabat [sábado] é lido nas sinagogas.”
(Ma’assei Sh’lichim/Atos 15:20-21).

Ora, pregar Moshé significa pregar a Torá, já que Moisés foi quem a escreveu. Daí, infere-se que os gentios convertidos estariam ouvindo a mensagem de Moisés (a Torá) nas sinagogas em cada shabat (sábado), podendo incorporar os mandamentos que fossem ensinados. Se a Torá possui 613 preceitos, não adianta explicá-los de uma só vez, porque será impossível assimilá-los instantaneamente, e o convertido não muda seus hábitos “da noite para o dia”, necessitando de tempo para receber a transformação total em seu caráter. Este é o motivo pelo qual se fixaram apenas 4 (quatro) regras em Atos 15:20 esperavam os sh’lichim (emissários) que os novos convertidos gentios adotassem, com o passar do tempo, outros mandamentos, até que conhecessem a totalidade da Torá.
No Judaísmo tradicional, entende-se que existem 7 Leis Universais que devem ser cumpridas por todos os seres humanos, estas leis são conhecidas como Leis Noáchidas (Leis Noéticas), em razão da aliança firmada entre YHWH e Noach (Noé), cujos preceitos são extraídos de Bereshit/Gênesis, capítulos 1 a 9.
Estão listadas as 7 Leis Noéticas no Talmud, Tratado de Sanhedrin 56a:
1. Estabelecer Juízes/Justiça (Gn 3:8-19; 6:5);
2. Abençoar o Nome de YHWH (alguns traduzem por “não amaldiçoar o nome de YHWH”) (Gn 4:26 e 9:26);
3. Abster-se da idolatria (literalmente: “semente idólatra”) (Gn 3:15);
4. Abster-se da imoralidade sexual (Gn 6:1-4; 9:7);
5. Não derramar sangue (= abster-se de assassinato) (Gn 4:1-24; 9:5-6);
6. Não furtar (Gn 2:17; 3:6);
7. Abster-se do sangue do animal (Gn 9:1-4).

Em Atos 15:19-20, os sh’lichim (emissários) estabeleceram 4 (quatro) regras mínimas para serem observadas pelos gentios, que muito se assemelham às leis noéticas:


Já se escreveu que os sh’lichim, em Atos 15, criaram um padrão mínimo de regras a serem observadas pelos gentios convertidos, mas que estas regras não excluiriam outras que seriam aprendidas com o passar do tempo, já que a Torá de Moisés seria lida durante cada shabat (sábado) nas sinagogas (At 15:21).
Lamentavelmente, o judaísmo rabínico e alguns grupos do judaísmo messiânico ensinam a heresia de que os gentios não precisam cumprir a Torá, devendo observar apenas as sete leis noéticas. Tais setores religiosos não percebem que as leis noéticas não são um fim em si mesmo, ou o final do caminho. As regras mínimas de Atos 15 foram dadas partindo-se da premissa de que os gentios continuariam aprendendo mais e mais da Torá.
Alguns ramos do judaísmo messiânico ensinam em suas congregações: “o judeu deve cumprir toda a Torá, o gentio apenas as sete leis noéticas”. Ao fazerem isso, terminam promovendo a acepção de pessoas, o que nunca foi parte do plano de YHWH. Já ouvimos líderes do judaísmo messiânico dizendo a seguinte heresia: “o judeu precisa cumprir toda a Torá porque tem que ser mais santo do que o gentio”. Quanta soberba! Tratam os gentios como se fossem seres inferiores aos judeus, o que não tem nenhum respaldo nas Escrituras.
YHWH não faz acepção de pessoas, e a própria Torá estabelece que seus mandamentos seriam aplicáveis tanto aos israelitas quanto aos estrangeiros (gentios):
A mesma Torá será para natural e para o estrangeiro [gentio] que peregrinar entre vós.”
(Shemot/Êxodo 12:49).

“Quanto à congregação, haja apenas um estatuto, tanto para vós outros como para o estrangeiro [gentio] que morar entre vós, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós sois, assim será o estrangeiro [gentio] perante YHWH.   
A mesma Torá e o mesmo estatuto haverá para vós outros e para o estrangeiro [gentio] que mora convosco.”
(Bemidbar/Números 15:15-16).

Um e o mesmo juízo havereis, tanto para o estrangeiro [gentio] como para o natural [israelita]; pois eu sou YHWH, vosso Elohim.”
(Vayikrá/Levítico 24:22).

Porém vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural [israelita], nem o estrangeiro [gentio] que peregrina entre vós.”
(Vayikrá/Levítico 18:26).

Se YHWH estabelecesse toda a Torá para os judeus e apenas as sete leis noáchidas para os gentios, estaria fazendo acepção de pessoas, o que é inadmissível. Logo, é evidente que a Torá se aplica a todos os seres humanos, como visto nos versículos acima, porque o ETERNO não enxerga o judeu como sendo superior ou “mais santo”:
“Porque, para com Elohim, não há acepção de pessoas.”
(Rm 2:11)

“E, abrindo Kefá [Pedro] a boca, disse: Reconheço por verdade que Elohim não faz acepção de pessoas.”
(At 10:34)

Imperioso destacar que a ideia de que gentios não precisam guardar a Torá, e tão somente as sete leis noéticas, é fruto da invenção do judaísmo rabínico, herdeiro da vertente farisaica tão criticada por Yeshua. Ao reprovar o absurdo dogma de que gentios devem cumprir apenas as sete leis noáchidas, escreveu o Professor Nazareno Andrew Gabriel Roth:
“A autoridade rabínica inventou suas próprias “leis noáchidas” para os gentios, que servem para deixar os gentios debaixo da autoridade rabínica, e proíbem que eles observem a Torá.”
(Rabbinical Authority and Torah, in Aramaic English New Testament, 4ª edição, página 930).

De fato, não há em nenhum lugar das Escrituras um versículo listando as sete leis noéticas e prescrevendo que os gentios somente estão obrigados a cumpri-las, e nada mais.  As leis noáchidas para os gentios, como um fim em si mesmo, foram realmente inventadas por homens, e apregoadas por rabinos que negaram Yeshua como Mashiach, inferindo-se daí que o gentio não pode se submeter à ilegal autoridade dos inimigos do Salvador. É doloroso saber que muitas pessoas, inclusive líderes do Judaísmo Messiânico, dobram os joelhos aos rabinos e ao Talmud, tornando-os, na prática, superiores às Escrituras Sagradas.
Reflita sobre as palavras de Yeshua:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações...
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amen.”
(Matityahu/Mateus 28:19-20).

 Yeshua determinou que seus sh’lichim (emissários) fizessem discípulos de todas as nações (gentios) e os ensinassem a guardar tudo aquilo que mandou. E o que Yeshua mandou? O que o Mashiach ensinava às pessoas? A observância de toda a Torá (Mt 5:17-19; 7:23 [1]; 19:17; vide ainda Rm 3:31).
Também sustentando a verdade de que os gentios devem obedecer toda a Torá tal como os judeus, cita-se o magistério do rabino James Trimm sobre Mateus 28:19-20:
“Yeshua estava instruindo seus talmidim (discípulos) judeus para fazer a conversão dos goyim [gentios] e ensinar os goyim [gentios] a observar tudo o que Yeshua ordenou a seus talmidim judeus (todos os 613 mandamentos da Torá).
Yochanan escreveu-nos acerca do Messias:
‘Aquele que diz que está nele, deve conduzir-se de acordo com sua conduta’ (1 João 2:6).
O Messias foi judeu, ele guardou toda a Torá, e não apenas as Sete Leis de Noach (Noé)
(The Seven Laws of Noah - A Betrothal).

Destarte, não restam dúvidas de que os gentios recém-convertidos devem começar cumprindo um mínimo de regras, mas que progressivamente cresçam no conhecimento e na prática dos demais mandamentos da Torá. Não há distinção entre judeus e gentios crentes em Yeshua, todos se tornam descendentes de Avraham (Abrão), isto é, israelitas (Gl 3:26-29; Rm 11:13-22; Ef 2:11-16).
 “Nunca os conheci! Afastem-se de mim, praticantes do que é contra a lei [Torá]”.


Postagem em destaque

“Pai, glorifica-me com aquela glória”

  “Pai, glorifica-me com aquela glória” “Agora, Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que...